sábado, 6 de julho de 2013

Prefácio


Prefacio

Rodrigo acabara de chegar ao sítio que nos próximos tempos seria a sua casa. Benfica, era o nome do clube que iria representar. Já havia envergado a camisola benfiquista durante a pré-época mas não tendo lugar no plantel principal rumou a Inglaterra por empréstimo onde representou Bolton Wanderes, uma equipa localizada em Horwich.
Pelo vidro observava o centro de treinos e um nervoso miudinho apoderou-se dele, sentia que a sua estadia neste clube iria ser bastante diferente de que nos outros clubes.
Saiu do carro juntamente com o seu pai que também era seu empresário. Adalberto em tempos também fora um jogador de futebol.
Ambos caminharam até á porta do Caixa onde vários fãs e jornalistas o esperavam ansiosamente.
Vários flashes foram disparados pela sua passagem até á sua entrada para o centro. Também parou para dar autógrafos, aqueles que o esperavam. Não estava habituado a estas coisas. Nem quando chegou pela primeira vez houvera tal aparato.
Depois de entrar no Caixa dirigiu-se para a divisão onde estavam os seus novos companheiros. Uns que já conhecia, outros que eram novos por aquelas bandas tal como ele.
Era o primeiro contacto que tinha com a equipa completa e já se sentia como fizesse parte da mesma á muito tempo. Essa era uma das muitas qualidades dos jogadores que integravam o plantel principal de futebol, fazer com que os jogadores recém -chegados se sentissem como já lá estivessem no plantel já há muito tempo.
O nervosismo que sentia depressa desapareceu e deu lugar á ansiedade de querer erguer novamente aquela camisola não só em jogos particulares mas também nos jogos do campeonato, na Liga dos Campeões ou talvez na Liga Europa.
O seu dia tinha sido passado assim em volta dos seus colegas a conhecê-los melhor que pode pois o seu pai sempre lhe disse que a equipa não se fazia apenas dentro campo também era preciso haver química fora dele para formar uma boa equipa.
Rodrigo sempre guardara estas sábias palavras do seu pai. Lembrava-se sempre delas cada vez que chegava a uma nova equipa.
Amanhã o seu dia ia ser atarefado, iria fazer os exames para verificar se estava tudo bem e se não houvesse contradições integraria a viagem com o plantel até á Suíça onde iria decorrer a pré – época. E ai mostrar o que vale para assim puder jogar pelo Benfica.
Queria dar alegrias aos adeptos que acompanhavam sistematicamente a equipa. Queria sentir como era ouvir o seu nome gritado pelos adeptos. Queria que os adeptos lhe dessem uma salva de palmas quando ele fosse substituído depois de ter feito uma grande exibição.
Sentia que aquele clube tinha grandes adeptos. Certamente tinha os adeptos mais efusivos. Desde da primeira vez que pisou o campo com a camisola que percebeu isso. Apesar de não ter ficado, acompanhara sempre os jogos do Benfica e ai pode confirmar a veracidade do que se falava sobre os adeptos Benfiquistas.
Ele sabia o que o esperava no Benfica. Teria de trabalhar bastante para merecer a confiança do treinador para que este lhe confiasse a titularidade.
Na companhia da sua mãe que o iria acompanhar durante um tempo, conheceu a casa que iria passar a ser sua enquanto jogasse na equipa. Era grande o suficiente para ele e para a sua irmã adoptiva que brevemente iria viver com ele visto que ela estudava em Portugal. E também dava para acolher aqueles que o visitam.
Na varanda da sala podia ver algumas casas e ainda o rio Tejo e bem lá ao fundo conseguia visualizar o Cristo Rei.
Ficou um pouco sentado na varanda a contemplar aquela cidade mergulhada na escuridão da noite mas ao mesmo tempo iluminada pelos focos de luz dos candeeiros. Conseguia ver também o reflexo da lua no rio Tejo.
Sentou-se num banco que havia na varanda a observar aquela linda paisagem. Era sem duvida uma boa oportunidade para tirar uma fotografia para recordação. E assim o fez. Era a sua primeira recordação da sua passagem por aquele cidade, por aquele clube.

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